domingo, 28 de outubro de 2007

Busca

O calar da poesia dói
nas manhãs claras
nas noites sem fim
nos outonos intermináveis em mim


o silêncio corta
feito espada
e a palavra não sai
filete do nada
jorrando descaso
por entre as linhas
que deseperadas correm
pelo canto das páginas
e sangram
ainda virgens.

terça-feira, 23 de outubro de 2007



Recolho as velas cansadas e ancoro;

Tempo de marulhar...

INQUIETAÇÃO


Tenho sede de vermelhos intensos
e goles densos
que atiçam desejos
e arrepiam Pêlos dourados...

domingo, 21 de outubro de 2007



ZZZZZ...

abelhas sorvendo

o néctar

doce encanto da flor

que suspira

amarelos...

PRELÚDIO


Da teia
a aranha
espreita o sexo da gata
na trama da noite
abençoada pela lua
branca,
virgem...



NO CIO


Felina

se enrosca e geme

na claridade do dia



Gata mia...

sexta-feira, 19 de outubro de 2007



Gato preto

suave afago

no colo da moça

ronronando encantos...