OCOS
Tenho muitos ocos
Tenho muitos ocos
dentro de mim,
alguns abismos
e porteiras fechadas
atrás de meus olhos
há uma vertente
que, vez ou outra inunda
minhas noites gélidas e estéreis
então lanço vôo
borboleta de asas cansadas
silencio
azul profundo...
10 comentários:
Querida
se todas as vezes que um escrito encantar tua sensibilidade, tu responderes com algo assim, tão delicadamente lindo, a Palavra vai ficar feliz, mas tão feliz...
Beijo, querida. Obrigada pela honra.
Vou te assistir sim. Até para aprender um pouco sobre cartoons. Mas ... herpes? Não podia ter ligado???
Fica bem. Te cuida.
Ocos e profundos azuis de uma borboleta que nos encanta, com sua liberdade e versos.
bjsss minha linda
;)
Oi Cynthia,
estava sentindo sua falta, rs,rs...grande beijo!
Meu Deus!
quantos abismos
na profundidade
deste azul!
Bjão!
Oh Mara, estou sempre tão pertinho de vc, num cântico, rsrsrs...
beijão
Olá! Adorei teu blog! Mergulhei no azul e preenchi meus ocos com teus poemas!
Bjus Anne Petit
Gostei de seu blog e obrigado por dar uma olhada no Maquinaria de Linguagem. Sabe tratar da linguagem com dedos que só a poesia admite. Beijos
Olá Mara... bom teres ido às nuvens... Vou linkar - te sim.
Adorei este poema e o teu blog.
Ando atrazada nas leituras e hoje li mesmo apenas este post... em que ... cada letra nas palavras é "azul"... bonito poema com "ocos e abismos" que fazem os olhos grandes e as noites "gélidas e estéreis" aquecer e procriar ...
só mesmo vôo de borboleta silenciosa dá descanso às asas e depois voa pelo infinito azul...
bj das nuvens
A imagem do azul profundo que encerra o poema me levou diretamente a bela fotografia do azul quase -noite sob o titulo do blog, não se trata de um abismo mais de um farolzinho lá ao longe. o blue triste ou o azul da alegria? O oco, o vazio ecoa e nos visita nestas noites gélidas. Belas imagens (em palavras e fotos).
Mara,
Você conseguiu um efeito muito interessante com a desaceleração do ritmo nas últimas linhas. Além do que, obviamente, o poema todo é saboroso.
Chico
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