sábado, 13 de junho de 2009


FUGA



Noite fria

às vezes o vento

é doce

passa sua língua

ligeira nas nuvens

e muros da cidade




gatos e cães arrepiam

Eu,

escondo pele e pêlo

fujo

docemente...

27 comentários:

Graça Pires disse...

"Às vezes o vento é doce"...
Um belíssimo poema!
Um beijo.

Renato de Mattos Motta disse...

vento de noite fria
é doce
como aquelas
bergamotinhas
de casca fina
que a gente só come
em pomar
ou como tamarindo
doce sim
gostoso,
mas de um ácido
que chega a doer!

Beijão querida!

Beatriz disse...

Qdo vc não o foge? Qdo o vento é quente?;)
Gostei das imagens

Bebel disse...

Meu conselho é: PARE DE FUGIR :)

Lindo poema, Pan

Beijossss

Ana Echabe disse...

Tento me esconder
mas o vento vem
e me toma em arrepios
disfarço mas
dou risadas
os pelos todos em pé
por ele só lamber...
noite longa

Bjks com sabor de bolo de avelã, rs!
Uma semana ensolarada pra vc queri!

nydia bonetti disse...

Porque fugimos tanto...Até dos ventos doces? Os cães e os gatos espiam, e nós, bichos humanos, fugimos... É mesmo complicado ser bicho gente.:) Que bonito, Mara.
beijooo

Mara faturi disse...

Bea, eu nunca fujo quando o vento sopra quente ;) rs,rs...

*Bebelzinha, ás vezes é preciso fugir, ser vento... outras brisa quente;)

Nydia querida, é complicado mesmo!!! bom mesmo seria ronronar por aí...

Sônia Brandão disse...

Gostei da doçura dessa fuga.
Beijo.

Ricardo Mainieri disse...

O vento
(in)venta
dentro de mim

brisa breve
ou ciclone.

Me (ins)piraste querida poetisa e gateira com teu lindo poema.
Como andam as andanças poéticas neste Porto Alegre gelado?

Beijão.

Ricardo Mainieri

Nuno G. disse...

muito, muito interessante... vou passar por aqui mais vezes...

(www.minha-gaveta.blogspot.com)

BAR DO BARDO disse...

Mara, muita sensibilidade.

Gostei!

Lúcia Bins Ely disse...

feito mar
mara

maré
mareio...

ósculos
e um forte e carinhoso
amplexo de poesia,

Tangerina disse...

"Eu, escondo pele e pêlo"
adorei, mesmo mesmo.

Beijo grande.

Carlos disse...

...não se iluda , há brisas em sua captura, deixa roçar nossas paisagens, deixo na pele o meu apelo.Abraços poéticos.

Moni Saraiva disse...

Fugas são necessárias, ainda que os destinos, nem sempre conhecidos, não é afilhadinha???

Beijos e ótimo domingo...
Ah! Florzinha: *)

Lee disse...

beliissimo

Anônimo disse...

Oi Mara...bom estar de volta, estar aqui, te ler e me entranhar na tua poesia....e meu abraço pelo lançamento...fico imensamente feliz. (me diz onde posso comprar?)
beijo.

Cadinho RoCo disse...

No frio da fuga a fuga do frio.
Cadinho RoCo

Cynthia Lopes disse...

Em tempo: Mara, o vento frio nos faz fugir pele e pelo, e encontrar no seu poema um lugar de abrigo. bjs

Leila Andrade disse...

Mara,
fiz um convite por e-mail.
Lindo teu espaço, cheio de sutilezas.
Beijo

Aroeira disse...

meio cinematográfico, meio suspense, meio frio, mas todo quente de poesia.

alineaimee disse...

Bela imagem e poesia!

Renata de Aragão Lopes disse...

Recorrente no doce! : )
Beijo,
doce de lira

BAR DO BARDO disse...

Este eu se desenvolve como poesia, a poesia que é.

Gostei.

Felicidades.

Maria Paula Alvim disse...

Belas imagens cheias de sensibilidade. Lindo demais, Mara :)

Batom e poesias disse...

Vim agradecer a visita e apreciar essa tua casa.
Li o primeiro poema e adorei. Gosto de quem tem a ousadia do exercício de se auto-retratar.
Voltarei com mais tempo para ler tudo.
bjs
Rossana

Ianê Mello disse...

Belo pela singeleza!

O muito dito em poucas e simples palavras.

Parabéns!