quinta-feira, 3 de julho de 2008




CONFISSÃO



À noite


minha saudade é mais aguda


fere à unha


dentada profunda




meus olhos viram musgo


mofados de lembranças


úmidos


escorrem pela madrugada


frios


como uma lápide.

14 comentários:

marcia cardeal disse...

Palavras que arranham devagar a pele da noite.Bonito, sempre.Beijo.

Cynthia Lopes disse...

"À noite
minha saudade é mais aguda
fere à unha
dentada profunda"

Adorei seus olhos de mormaço, e suas lágrimas, que vão mofando noites e lembranças.

Um beijão

Isaac Frederico disse...

versos singelos e belos. tristes, sim, mas belos, e ainda mais se lidos na madrugada.
abraços

william disse...

O peso da cabeça sobre o travesseiro, aquele momento em que a consciência se faz presente.
Momento onde as lembranças escorrem para todos os lados, sem represa que as segure.

O Profeta disse...

E este Sol impõe a claridade
Pôs no celeste a Lua a bocejar
Perdi a conta das estrelas no céu
Ergui-me em bicos para as contar


Voa comigo sobre as emoções


Mágico beijo

Anônimo disse...

tua poesia flui com intensa naturalidade, cria belas imagens e instigam o imaginário. abraços, Mara.

Luiz Alberto Machado disse...

Maravilha este seu espaço, parabens. Estarei indicando nas minhas páginas
Beijabrações & tataritaritatá@!!!
www.luizalbertomachado.com.br

mari lou disse...

"meus olhos viram musgo

mofados de lembranças

úmidos

escorrem pela madrugada"

mto massa essa imagem... ñ esqecendo, claro, da peqenez e delicadeza dos musgos...

saudade e musgo... e a gente ainda pode lembrar doutra coisa: musgo só nasce ond há mto ninguém nem passa.... a saudade.

massa mesmo.


bjocona,

té!

Beatriz disse...

minha saudade é mais aguda/fere à unha/dentada profunda/meus olhos viram musgo mofados
Versos fortes, bem construídos e complexos.
Beijo per compulsivo tempus;)))

Renato de Mattos Motta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Renato de Mattos Motta disse...

saudade sangrenta
porrada no peito
choram olhos defuntos


doído
e maravilhosamente
poético

Carlos disse...

...confesso! às vezes também durmo em lápides. Abraços poéticos

Camilla Tebet disse...

A noite todos os gatos são pardos? tudo dói mais? a noite os pronto socorros ficam cheios. De dia não. Eu normalmente estou na fila de um deles.

Aroeira disse...

booooommmm!