INTERVALO
Enferrujada junta
agoniza
o torpor dos dedos
a máquina não tem culpa
é cúmplice
é coisa
coisa não pensa
não faz metáforas
trocadilhos
neologismos,
lembrei neoliberalismo
neo abismo
egoísmo
se rima fosse uma peça
trataria de repô-la
tenho as mãos
cheias de graxa
de calos
estórias
a caneta agora
escorrega no tempo surdo
- hora de ir embora.
NO MUNDO
Há 5 anos
Um comentário:
Um intervalo é sempre bem-vindo quando se precisa repor as energias para voltar em seguida com a carga cheia, seja da caneta, que da vida...
Beijos encantados
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